Nota
Ad futuram Regis memoriam. A história conservativa do túmulo do rei D. Dinis: mitos e realidade
Giulia Rossi Vairo 
IEM - Instituto de Estudos Medievais, NOVA - Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Colégio Almada Negreiros, Campus de Campolide, 1070-312 Lisboa; CIEBA - Centro de Investigação e Estudos em Belas-Artes, FBAUL - Faculdade de Belas-Artes, Largo da Academia Nacional de Belas Artes 4, 1249-058 Lisboa
grossivairo@fcsh.unl.pt
Resumo
O presente artigo pretende proporcionar, com base na investigação desenvolvida até ao momento, um breve excursus sobre a história conservativa do túmulo do rei D. Dinis, um unicum no panorama da arte portuguesa da primeira metade do século XIV e peça emblemática da escultura medieval europeia. Por outro lado, o texto questiona algumas afirmações acerca deste tópico transmitidas acriticamente, ao longo dos anos, pela historiografia artística nacional, formulando observações, considerações e raciocínios, baseados na análise e na recognição visual e material da obra, assim como no aprofundamento do contexto histórico de referência. Nesta perspetiva, o artigo propõe uma revisão da literatura existente sobre os restauros do monumento e, ao mesmo tempo, revisitar o próprio tema do(s) restauro(s) no túmulo, no sentido de quantificar as intervenções e os danos sofridos por este, quer por efeito de catástrofes naturais, quer pela mão do homem.
Palavras-chave
Túmulo do rei D. Dinis
Escultura medieval
História do Restauro
Intervenção de conservação
Idioma
Português
DOI
10.14568/cp2018076
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Conservar Património | APA | Chicago | NP405 | ABNT
Conservar Património: Rossi Vairo, G., 'Ad futuram Regis memoriam. A história conservativa do túmulo do rei D. Dinis: mitos e realidade', Conservar Património 35 (2020) 131-140, https://doi.org/10.14568/cp2018076.
APA: Rossi Vairo, G. (2020). Ad futuram Regis memoriam. A história conservativa do túmulo do rei D. Dinis: mitos e realidade. Conservar Património, 35 131-140. DOI:10.14568/cp2018076.
Chicago: Rossi Vairo, Giulia. 2020. "Ad futuram Regis memoriam. A história conservativa do túmulo do rei D. Dinis: mitos e realidade." Conservar Património 35:131-140. doi:10.14568/cp2018076.
NP405: ROSSI VAIRO, Giulia – Ad futuram Regis memoriam. A história conservativa do túmulo do rei D. Dinis: mitos e realidade. Conservar Património. [Em linha]. 35 (2020) 131-140 [Consult. ]. Disponível em WWW: <URL:https://doi.org/10.14568/cp2018076>. ISSN 21829942.
ABNT: ROSSI VAIRO, Giulia. Ad futuram Regis memoriam. A história conservativa do túmulo do rei D. Dinis: mitos e realidade. Conservar Património, Lisboa, v. 35, p. 131-140, 2020. Disponível em: <https://doi.org/10.14568/cp2018076>. Acesso em: .
História
Recebido: 2018-12-10 Revisto: 2019-12-5 Aceite: 2020-2-13 Online: 2020-5-30
Referências
1 Rossi Vairo, G., 'D. Dinis del Portogallo e Isabel d'Aragona in vita e in morte. Creazione e trasmissione della memoria nel contesto storico e artistico europeo', Tese de Doutoramento em História da Arte Medieval, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa (2014).
2 Rossi Vairo, G., 'Un caso emblematico (e dimenticato) della scultura funeraria trecentesca europea: il monumento funebre del re Dinis di Portogallo (1279-1325)', Arte Medievale (2017) 167-192.
3 Os túmulos de D. Dinis e do Infante. Um Novo Olhar, catálogo da exposição, Câmara Municipal de Odivelas, Odivelas (2017).
4 Arquivo Nacional da Torre do Tombo (ANTT), Memórias Paroquiais de 1758, fls. 59-69.
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6 4K - Wilton Trindade, S., Relatório da intervenção dos túmulos de D. Dinis e do Infante na Igreja do Mosteiro de São Dinis e São Bernardo em Odivelas, Lisboa (2017).
7 Sousa, A. C., Provas da História genealógica da Casa real portuguesa, Atlântida - Livraria Editora, Coimbra (1946-1957).
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13 Soares Moura, C.; Neto, M. J., Almeida Garrett: a 'Viagem' e o Património, Caleidoscópio, Lisboa (2015).
14 Almeida Garrett, J., Lyrica de João Mínimo. Publicada pelo auctor do resummo de Historia, de Lingua e Poesia Portugueza, do Poema Camões, D. Branca, Adozinda, etc., Sustenance e Stretch, London (1829).
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16 Cordeiro de Sousa, J. M., 'Malfeitorias no túmulo do rei dom Dinis', Revista de Guimarães, 76(1966), 5.
17 Arquivo Pitoresco, 5(1862), 77-79.
18 ANTT, Ministério das Obras Públicas, Comércio e Indústria, maço 442, 10: Restauração do túmulo d'El-Rei D. Dinis no convento de Odivellas (1895, Agosto, 12, Lisboa).
19 Barbosa Vilhena, I., 'Crónica de Odivellas', O Occidente, 9(278) (1886), 203-204.
Endereço persistente: https://doi.org/10.14568/cp2018076
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